O processo de queda não chega a representar novidade, pois começou no ano passado como reflexo, sobretudo, de dificuldades econômicas nos países importadores. Mas no caso brasileiro as reduções se acentuaram à medida que o dólar se fortalecia, abrindo caminho para negociações que, mesmo não sendo tão rentáveis em dólar, deveriam implicar em aumento dos volumes negociados.
Mas nem isso se concretizou até agora. Porque o volume exportado no período analisado mantém-se, praticamente, nos mesmos níveis de 2014, chegando a apresentar pequena redução, próxima de meio por cento.
Porém, poderia ser pior. O que não ocorre porque a forte diminuição, de quase 20%, no volume de carne bovina in natura, bem como a redução de cerca de 5% nos industrializados de frango vêm sendo compensados por um aumento (proporcionalmente pequeno em relação às quedas no preço médio) dos demais itens exportados.
O efeito disso, obviamente, recai sobre a receita cambial, negativa para a maioria das carnes, exceto a bovina industrializada e a de peru in natura. O que pouco resolve, pois, ao final, os dólares captados pelo País somam 14,38% menos que há um ano.
Neste caso, menos mal para o setor exportador de carnes porque as exportações brasileiras em geral sofreram retrocesso ligeiramente maior, de quase 17%. Com isso, as carnes mantiveram sua participação na balança comercial, respondendo por pouco mais de 7% da receita cambial do Brasil.