No período analisado, o café teve participação de 6,9% no total das vendas externas do setor agropecuário. Foi o quinto item mais exportado pelo agronegócio brasileiro, atrás do grupo soja (grão, óleo e farelo), carnes, produtos florestais e do complexo sucroalcooleiro (açúcar e etanol).
A Europa foi o principal mercado importador de café do Brasil, responsável pela aquisição de 45% do café embarcado. Outros mercados com grandes compras foram os Estados Unidos, o Japão, Canadá e a Turquia.
Longas estiagens e temperaturas acima da média histórica, principalmente em Minas Gerais e no Espírito Santo maiores produtores de café , atrasaram as colheitas e reduziram os embarques, que só começaram a se normalizar no mês passado. Agora, com o fim da colheita, a movimentação da mercadoria nos portos será intensificada.
Os números finais da safra deste ano serão divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento no próximo dia 29. Estimativa em levantamento anterior da própria companhia indica colheita em torno de 44 milhões de sacas uma quebra de 2,95% em relação às 45,34 milhões de sacas de café colhidas em 2014.
O café é uma das poucas commodities (produtos básicos com cotação internacional) com variação de preços positiva no exterior, o que explica o ganho de 1% no valor das exportações. Isso reflete também no mercado interno, onde o café arábica Tipo 6, de melhor qualidade, obteve preço médio de R$ 441,83 por saca, de janeiro a agosto, contra R$ 418,61 em igual período do ano passado.