terça-feira, novembro 26, 2024

Além de Santa Catarina, Brasil quer mais zonas livres de febre aftosa sem vacinação

Além de Santa Catarina, Brasil quer mais zonas livres de febre aftosa sem vacinação

Santa Catarina é o único estado brasileiro reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como zona livre de febre aftosa, sem vacinação. A última ocorrência da doença, no estado, foi em dezembro de 1993 e, em 2007, foi reconhecido o status fitossanitário sem vacinação. Além de Santa Catarina, o Brasil quer outras zonas livres de vacina e, para isso, a cadeia produtiva de carne bovina tem trabalhado com o Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para avançar na erradicação da doença no território nacional e sustentar essa condição sanitária.

O assunto foi levantado e discutido na 43ª Reunião Ordinária da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Carne Bovina do Mapa, no último dia 23/03. O coordenador do PNEFA, Plínio Lopes, explicou que a vacina é essencial para evitar possível ocorrência e proliferação da doença, mas o Brasil já tem 77% do território reconhecido como zona livre de aftosa com vacinação e tem condições de conquistar o status sem a vacina em outros estados. “A última ocorrência da doença no país foi registrada no Mato Grosso em 2006. O processo de suspensão da vacina é trabalhoso, mas precisamos evoluir e garantir um avanço seguro sem o medicamento”, disse Plínio.

O objetivo do PNEFA é implantar progressivamente novas zonas livres da doença e manter as atuais, de acordo com as diretrizes estabelecidas pela OIE. O trabalho é executado por meio de um sistema de vigilância apoiado na manutenção das estruturas do serviço veterinário oficial, com a participação da comunidade. A ampliação da zona livre com vacinação para os estados do Amazonas, Roraima e Amapá – 22,8% do território nacional – está entre as metas do programa para este ano. “A CNA buscará apoio financeiro sobre o trabalho de revisão do PNEFA e ao estabelecimento de um cronograma para a retirada da vacina aos poucos”, afirmou o presidente da Comissão Nacional de Bovinocultura de Corte da CNA, Antônio Pitangui de Salvo.

Cota Hilton 481 – A reunião abordou também o ofício que a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC) enviou ao Mapa para incluir o Brasil na Cota Hilton 481, que estabelece a exportação de carnes de animais criados sob regime de confinamento, à União Europeia. O documento aguarda análise do DIPOA e a previsão é de que seja aprovada em breve e encaminhada à UE.

IMAC – Outro assunto apresentado foi a iniciativa do Governo do Estado do Mato Grosso em criar o Instituto Mato-grossense da Carne – IMAC, sobre o qual o presidente Luciano Vacari comentou a respeito da questão institucional e a composição por produtores, frigoríficos e governo estadual, regidos por um conselho deliberativo, bem como sua estrutura operacional e objetivo principal de certificação da carne bovina.

 

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