quinta-feira, novembro 21, 2024

Missão técnica peruana chega ao Brasil para conhecer as diferentes experiências na produção de algodão

Missão técnica peruana chega ao Brasil para conhecer as diferentes experiências na produção de algodão

Representantes de governo, técnicos e agricultores familiares do Peru que trabalham na cadeia produtiva de algodão iniciaram, nesta segunda-feira, uma visita ao Brasil para conhecer a experiência brasileira no setor algodoeiro.

Durante 20 dias, o grupo formado por 18 pessoas visitará três estados (Mato Grosso, Minas Gerais e Paraíba) para conhecer experiências na área de políticas públicas, abastecimento de sementes de algodão, mecanização, associativismo e comercialização da fibra.

A missão técnica iniciou em Brasília (DF), com uma reunião na Representação da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), com a participação da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e da Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário.

O Representante da FAO no Brasil, Alan Bojanic ressaltou a importância de visitas técnicas para conhecer as experiências e as boas práticas brasileiras, no âmbito da Cooperação Sul-Sul, e que podem ser uma oportunidade para ampliar conhecimentos e melhorar os sistemas produtivos, como no caso da produção de algodão no Peru.

De acordo com a responsável pela Coordenação-Geral de Mobilização de Parcerias Institucionais/Trilateral com Organismos da Agência Brasileira de Cooperação (ABC/MRE), Cecilia Malagutti, toda a agenda da missão foi elaborada pelo governo brasileiro e a FAO com o cuidado de identificar as instituições que pudessem aportar conhecimentos e informações sobre a cadeia de valor do algodão.

Em Brasília, a missão visitou ainda a Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes) do Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS) e a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e a ABC/MRE.

A visita técnica é parte do projeto de Cooperação Sul-Sul Trilateral executado pelo governo do Brasil, representado pela ABC/Ministério das Relações Exteriores, pela FAO e os países do Mercosul, Associados e Haiti que visa contribuir para o desenvolvimento sustentável da cadeia de valor do algodão nos países parceiros, assim com ampliar as capacidades de coordenação interinstitucional para o fortalecimento do setor.

Cooperação Sul-Sul para fortalecimento do setor

O projeto Fortalecimento do Setor Algodoeiro por meio da Cooperação Sul-Sul, do Programa de Cooperação Brasil-FAO, também apresenta a possibilidade de avançar em direção a mercados diferenciados e nichos que permitam agregação de valor e geração de renda para as famílias.

A experiência brasileira na atividade algodoeira é uma referência para o projeto, já que o Brasil passou da condição de importador a de importante exportador de algodão, principalmente devido ao grande aumento na produtividade. O país fez investimentos significativos em pesquisa agropecuária, que impulsaram o desenvolvimento de tecnologias adaptadas a novas fronteiras agrícolas. Além disso, o Brasil é referencia em políticas públicas para o setor da agricultura familiar, despertando interesse da delegação, cujo País tem 90% da produção de algodão em mãos de pequenos produtores familiares.

Além do Peru, são parceiros neste projeto a Argentina, Bolívia, Colômbia, Equador, Haiti e Paraguai.

Projeto no Peru

No Peru, o setor algodoeiro é composto quase que totalmente pela agricultura familiar. Mais de 90% dos produtores peruanos plantam algodão em menos de cinco hectares. No país, o projeto de fortalecimento do setor algodoeiro visa promover a troca de experiências e de conhecimentos entre as instituições peruanas e do Brasil, além de contribuir para o fortalecimento das capacidades institucionais.

As zonas de trabalho do projeto são Piura, Lambayeque e Ica. Nestas áreas são executadas atividades destinadas à transferência de tecnologia e modernização do setor algodoeiro, fortalecimento da organização, planejamento e coordenação entre atores-chave deste setor, adoção de boas práticas agrícolas como uso de sementes certificadas e capacitação de extensionistas, pesquisadores e técnicos agrários.

Participam como parceiros peruanos do projeto o Ministério da Agricultura (Minagri), o Instituto Nacional de Inovação Agrária (INIA) e a Agência Peruana de Cooperação Internacional (APCI), além das direções agrárias dos três departamentos de atuação do Projeto. Como instituições brasileiras cooperantes participam a Embrapa,  Abrapa e Associação Brasileira das Empresas de Assistência Técnica e Extensão Rural (Asbraer).

 

Agrolink com informações de assessoria

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