Após uma redução de aproximadamente 60% nos pomares, medida que também atingiu todas as regiões produtoras do sul do Brasil na última década, os produtores de maçãs que se mantiveram na atividade, estão retomando a renovação e ampliação de suas áreas de cultivo no município de Palmas, sul do Paraná. A área local que já foi de 1.084 hectares, atualmente é de 400 hectares.
Conforme Ivanir Dalanhol, presidente da COOCAMPAL – Cooperativa dos Campos de Palmas, que reúne produtores de maçã e batata, há três anos o setor vem investindo na renovação dos pomares do com plantio de clones melhorados. “O negócio é plantar áreas menores com potencial produtivo maior. Isso diminui o custo para o cultivo e aumenta a renda produtor”,disse ele.
Citou o exemplo dos produtores Emilio Honda, Deoclecir Marim, José Hamilton e Pomar Lovo que neste momento estão realizando novos plantios em aproximadamente 30 hectares. “No ano passado os produtores Raldi, José Amilton e Juraci Antonelli, Marim e Lovo já haviam renovado em torno de 25 hectares. Devagar vamos mudando o perfil dos pomares” disse ele. Estão sendo implantadas recebendo as variedade Fuji e Maxi Gala de ampla aceitação no mercado.
O Diretor Técnico da Associação Brasileira dos Produtores de Maçã(ABPM) considerou que a cada 20 anos surgem novidades na área de pesquisa de melhoramento e, com isso, torna-se necessário acompanhar essas exigências com plantas mais avançadas.
Explicou que o ciclo de produção inicia três anos após o plantio gerando uma quantidade de 10 toneladas por hectare e podendo chegar na fase adulta, após sete anos, a uma produção de 60 toneladas na mesma área. Os pomares antigos com 20 anos, como os que estão sendo substituídos atualmente, produzem entre 35 e 40 toneladas por hectare.