Especialista alerta para carência de boro e zinco
O Brasil se mantém como líder mundial na produção e exportação de soja, principal cultura agrícola do país. De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra 2024/2025 deve alcançar aproximadamente 168,3 milhões de toneladas, o que representa um crescimento de 14% em relação ao ciclo anterior.
“A carência desses micronutrientes – a exemplo de Boro (B), Manganês (Mn), Molibdênio (Mo) e Zinco (Zn) – pode causar impactos na colheita por hectare e na qualidade dos grãos. O Molibdênio, por exemplo, é fundamental na fixação biológica do Nitrogênio. Já o Boro promove a estabilização das paredes celulares e das biomembranas pela complexação dos compostos orgânicos, enquanto o Manganês atua na fotossíntese e o Zinco na síntese de proteínas”, explica Renato Brandão, gerente nacional de vendas da BRQ Brasilquímica.
“Solos com pH elevado – ou seja, menos ácidos e mais alcalinos – reduzem a disponibilidade de micronutrientes como cobre, ferro, manganês, níquel e zinco (chamados de catiônicos) e aumentam a disponibilidade de elementos como cloro e molibdênio (aniônicos). Já os solos arenosos tendem a ter um menor teor de micronutrientes e altos níveis de matéria orgânica podem reduzir a disponibilidade, especialmente, de cobre. Já a umidade interfere diretamente na forma química do ferro e manganês, tornando-os mais disponíveis em ambientes redutores e menos disponíveis em solos secos e oxidantes”, explica Renato.