O mercado brasileiro de trigo, especialmente no Rio Grande do Sul, enfrenta atualmente uma pressão de preços para baixo, reflexo da menor demanda e do aumento da oferta, devido aos estoques remanescentes e sobras de sementes. No Paraná, a situação é agravada pelo excesso de importações de trigo, que já somaram cerca de 150 mil toneladas em pelo menos cinco navios, gerando sobra de farinhas inteira e especial e estimulando a concorrência com a farinha argentina.
Entre os fatores que podem sustentar a alta, destacam-se as exportações dentro do esperado, com vendas para 2025/2026 já alcançando 427 mil toneladas; as hostilidades no Oriente Médio, região dependente de trigo importado; e a demanda da Argélia, que adquiriu entre 550 e 570 mil toneladas a preços competitivos. Entretanto, há pontos de atenção como as condições climáticas nos EUA, onde a colheita do trigo de inverno está atrasada devido a chuvas, e a seca na região russa de Krasnodar, que pode impactar a produção.