Demanda pelo grão americano cresceu na última semana, segundo dados do USDA
A soja se manteve com preços em alta na bolsa de Chicago, olhando para os fundamentos relacionados com a demanda. Nesta quinta-feira (3/7), os papéis para agosto subiram 0,19%, a US$ 10,5550 o bushel.
Os investidores no mercado da soja esperam indicações de que a China poderá voltar a negociar produtos agrícolas com os americanos. Mas enquanto essa notícia não é confirmada, a demanda de outras origens aumentou e beneficiou o movimento de alta do grão.
O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) disse hoje que as vendas líquidas de soja do país cresceram 15% na semana encerrada em 26 de junho, para 462,4 mil toneladas.
Apesar da alta, a oscilação tímida da soja pode ser explicada pela cautela dos agentes de mercado. Como amanhã (4/7) é feriado da Independência dos EUA, não haverá negociações em Chicago. Assim, investidores evitam tomar posições mais arriscadas no mercado.
O milho fechou em leve alta. Os lotes para setembro subiram 0,54%, para US$ 4,2025 o bushel.
A consultoria Granar destaca que o milho subiu após o acordo comercial firmado entre EUA e Vietnã, o que deve facilitar a venda de milho americano para o país asiático.
Após subir quase 3% na sessão da véspera, o trigo caiu em Chicago. Os contratos que vencem em setembro recuaram 1,29%, para US$ 5,5675 o bushel.
Os investidores ignoraram os fundamentos positivos e optaram por embolsar lucros. Isso porque, os preços cederam mesmo com aumento das vendas líquidas de trigo dos EUA, que cresceram 129% na semana passada, para 582 mil toneladas, segundo informações do Departamento de Agricultura americano.
As cotações também não responderam positivamente às condições das lavouras dos EUA. Na última semana, o índice de lavouras de trigo de primavera que enfrentam algum grau de seca subiu de 25% para 29%.