quinta-feira, agosto 14, 2025

Quem perde e quem ganha com as novas tarifas dos EUA sobre o cacau

Quem perde e quem ganha com as novas tarifas dos EUA sobre o cacau

Expectativa agora se volta para a colheita da safra 2024/25

As novas tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre o cacau e seus derivados reacenderam debates sobre competitividade, impacto inflacionário e realinhamento das cadeias globais da commodity. Em um mercado já pressionado por volatilidade e incertezas na oferta, a medida levanta preocupações e pode mudar o mapa de fornecimento para a indústria americana de chocolate.


A Costa do Marfim, que abastece quase 40% da demanda americana por amêndoas de cacau, já sinaliza a busca por novos mercados diante do encarecimento imposto. O Equador, por sua vez, vem ampliando sua participação, favorecido pela queda na produção marfinense e menor carga tarifária, o que indica uma possível reconfiguração nos fluxos internacionais da commodity.

Ainda de acordo com a Hedgepoint, os subprodutos também entram na mira. “Com tarifas mais altas, o custo da matéria-prima processada nos EUA sobe, dando vantagem competitiva a fabricantes de países como Canadá e México, que mantêm acordos comerciais mais favoráveis com o mercado norte-americano”, destaca a analista Carolina França.

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Mesmo assim, o volume de importações líquidas de cacau pelos EUA em junho voltou à média histórica. Para analistas, esse movimento pode ter sido impulsionado pela sazonalidade e por uma possível antecipação às tarifas, com importadores tentando garantir estoques antes da alta nos custos.

O cenário, porém, permanece volátil. Os contratos futuros de dezembro/25 encerraram a última semana cotados a USD 7.978/t em Nova York, com alta semanal de 5,6%, enquanto Londres registrou GBP 5.415/t, em leve avanço de 0,6%. A volatilidade segue sendo a marca do mercado de cacau em 2025, sob influência de incertezas climáticas e impacto geopolítico.

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