Um dos principais temas discutidos foi o impacto da taxação americana
O Congresso da Aviação Agrícola do Brasil 2025 encerrou-se nesta quinta-feira (21), após três dias de intensa programação, marcando um importante momento para o setor aeroagrícola nacional. Realizado no Aeroporto Executivo de Santo Antônio do Leverger, em Mato Grosso, o evento contou com a presença de autoridades políticas, empresários, pesquisadores e pilotos, consolidando-se como espaço estratégico de debates, networking e inovação tecnológica.
A presidente do Sindag, Hoana Almeida Santos, ressaltou a relevância da aviação agrícola e os avanços alcançados nos últimos anos. “É com muita honra que damos início a mais uma edição do Congresso da Aviação Agrícola do Brasil, aqui no coração do agro. Declaro aberto o evento”, afirmou. Hoana ainda destacou o aumento da participação feminina no setor, os desafios econômicos enfrentados e a necessidade de combate aos mitos sobre a atividade. Ela anunciou que 2025 seria o Ano da Segurança na Aviação Agrícola, enfatizando o compromisso com a qualificação e o profissionalismo do segmento.
Um dos principais temas discutidos foi o impacto da taxação americana sobre equipamentos aeronáuticos. O economista Claudio Junior Oliveira Gomes, diretor operacional do SINDAG, moderou debates sobre o assunto, destacando que a aplicação da Lei de Reciprocidade pelo Brasil poderia afetar diretamente a compra de aeronaves e a prestação de serviços. “A taxação impacta indiretamente o setor aeroagrícola, pois ele atende setores que são afetados”, explicou. Gomes lembrou que, na fase inicial, a expectativa era de um recuo de US$ 500 milhões, mas ajustes ainda eram necessários devido à exclusão de alguns produtos da taxação.
O congresso, que se consolidou como referência no setor, deixou claro que a aviação agrícola brasileira busca crescimento sustentável, inovação tecnológica e fortalecimento da segurança.