O mercado de trigo nas regiões Sul e Sudeste mostra sinais de lentidão, com poucos negócios concretizados e cotações oscilando entre R$ 1.100,00 e R$ 1.350,00 dependendo da origem e prazo de entrega. Segundo a TF Agroeconômica, no Rio Grande do Sul, as lavouras seguem bem desenvolvidas, mas 50% das áreas estão suscetíveis à Giberella, em um período de tempo instável e temperaturas mais altas, exigindo atenção nos tratos culturais.
No RS, o mercado disponível é limitado: moinhos longos e pouca disponibilidade do cereal mantêm a negociação travada, com indicações de compra em R$ 1.250,00 e venda em R$ 1.300,00 no interior, para retirada em setembro e pagamento em outubro. Já os preços de exportação para dezembro giram em torno de R$ 1.200,00, com possibilidade de entrega de trigo de ração com deságio de 20%. O trigo argentino também se aproxima, com chegada prevista do navio ES JASMINE trazendo 30 mil toneladas ao porto de Rio Grande, embora sem preço definido.
Em Santa Catarina, o trigo local segue sem ofertas, enquanto o gaúcho apresenta cotações de R$ 1.150,00 a R$ 1.300,00. Os preços pagos aos produtores no estado variam entre R$ 72,00 e R$ 76,00 por saca, com pequenas alterações semanais dependendo da cidade, mostrando estabilidade relativa frente à escassez de compradores.
No Paraná, a queda do dólar foi compensada pela alta do trigo argentino, mantendo moinhos e compradores locais atentos às negociações. Preços CIF para trigo paranaense giram entre R$ 1.350,00 e R$ 1.400,00 dependendo da entrega, enquanto o trigo importado de Paraguai e Argentina apresenta cotações entre US$ 250 e US$ 269 por tonelada. A média de preços pagos aos produtores recuou 1,73%, para R$ 73,34, deixando os triticultores no prejuízo frente ao custo de produção atualizado em R$ 74,63.