A paridade de exportação também retraiu
Os preços do algodão em pluma seguem em trajetória de queda no mercado brasileiro. Segundo levantamento do Cepea, a combinação entre fatores externos e fundamentos domésticos tem pressionado as cotações nas primeiras semanas de setembro. A desvalorização do contrato na Bolsa de Nova York (ICE Futures) e o recuo do dólar, que registra o menor patamar desde meados de 2024, reduzem a competitividade do produto nacional no mercado internacional.
Conforme dados do Cepea, o Indicador CEPEA/ESALQ (pagamento em oito dias) acumulou queda de 6% na primeira quinzena de setembro. No dia 15, a cotação foi de R$ 3,6703/libra-peso, refletindo a pressão do ambiente externo e da ampla oferta prevista. No dia 12, o valor chegou a R$ 3,6590/lp – o menor nominal desde 6 de julho de 2023.
Esse aumento da produção ocorre em um cenário de preços enfraquecidos, o que pode afetar a rentabilidade dos cotonicultores, especialmente aqueles com maior dependência das exportações. A queda no dólar compromete a conversão cambial e pressiona os contratos indexados à moeda norte-americana, enquanto o recuo na ICE reduz o apetite de compradores internacionais.