No mercado interno, as cotações permanecem estagnadas
O trigo registrou leve recuperação internacional nesta última semana de setembro. Na Bolsa de Chicago, os contratos futuros fecharam o dia 25 a US$ 5,27/bushel, em alta frente à média da semana anterior. A valorização, no entanto, ainda não se refletiu nos preços pagos ao produtor brasileiro.
Segundo a CEEMA, o início da colheita revelou alta incidência de chuvas nas fases finais de desenvolvimento, o que afetou o PH e o teor de proteína do trigo em diversas regiões do Sul. “A perda de qualidade limita o uso para panificação e desloca parte da safra para rção animal”, observa a pesquisadora Luiza Meneghetti.
No campo, o Brasil avança com a colheita nas regiões mais precoces, como Paraná e Oeste do Rio Grande do Sul. Apesar da produtividade razoável, as condições climáticas adversas geram preocupações quanto ao resultado final da safra.
No mercado externo, a demanda segue puxada por países da Ásia e Norte da África, com destaques para compras da Indonésia e Egito. A elevação dos fretes e a volatilidade cambial, porém, dificultam o fechamento de novos contratos para o trigo brasileiro, já menos competitivo frente a fornecedores tradicionais como Rússia e França.


