Exportações de carne bovina in natura bateram recorde em setembro
O mercado pecuário apresentou redução nas ofertas nesta segunda-feira (6/10), embora alguns frigoríficos ainda contassem com boa disponibilidade de bovinos de confinamento. No entanto, segundo a Scot Consultoria, o primeiro dia da semana foi de poucos negócios, com a indústria frigorífica aguardando o desenrolar das movimentações do mercado.
Das 33 regiões pecuárias monitoradas pela Scot, 31 não apresentaram alterações nas cotações do boi gordo nesta segunda-feira. Foram registradas altas apenas no oeste do Maranhão e no Espírito Santo. Nas praças de Araçatuba (SP) e Barretos (SP), referências para o mercado, o preço seguiu em R$ 303 a arroba para o pagamento a prazo.
Juliana Pila, analista da Scot, destacou que o mercado do boi gordo iniciou outubro um pouco mais firme do que no final de setembro. Para os próximos dias, a tendência é que as cotações sigam em patamares mais elevados.
“Com o recebimento dos salários da população, devemos ter uma maior saída de mercadorias no mercado interno. Do lado externo, as exportações seguem em bom ritmo. Inclusive, em setembro, registramos recorde no volume exportado de carne, bovina in natura”, comentou Juliana.
Segundo informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) divulgadas nesta segunda-feira, as exportações de carne in natura atingiram o recorde de 314,7 mil toneladas em setembro, volume 25% superior ao do mesmo mês de 2024. Em termos financeiros, os embarques do mês passado geraram uma receita de quase R$ 9,5 bilhões, mesmo com a desvalorização do dólar nos últimos dias do mês.
Já o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) destaca que tem aumentado o interesse de criadores por fêmeas, seja deixando de vender ou arrematando nos leilões. Esse comportamento reflete os preços firmes do bezerro e pode representar diminuição da oferta de fêmeas para abate nos próximos meses. “Nos leilões, os bezerros estão mais leves, mas é mantido o interesse comprador e os preços continuam firmes”, afirma o Cepea.