Segundo a cooperativa, os 26,2 mil hectares cultivados neste ciclo estão concentrados principalmente na região sudoeste paulista, com destaque para os municípios de Taquarivaí, Itararé, Taquarituba e Avaré.

O engenheiro agrônomo Airton Luiz Pasinatto, coordenador regional do Departamento de Assistência Técnica (DAT) da Capal, explica que as condições climáticas ao longo do desenvolvimento da lavoura foram, em geral, equilibradas. As chuvas ocorreram de forma bem distribuída entre abril e a segunda quinzena de julho. Uma geada registrada no final de junho não causou perdas significativas. Apenas 12% da área total contou com sistema de irrigação, e o restante foi cultivado em regime de sequeiro.

Entre julho e setembro, no entanto, um período de estiagem de aproximadamente 54 dias afetou levemente a produtividade, segundo Pasinatto. “Tivemos umas semanas de veranico com temperaturas oscilantes, o que derrubou um pouco a produtividade. Em função desse período final, perdemos mais ou menos 300 kg/ha e quase atingimos a marca histórica de quatro toneladas por hectare, a média da Capal obtida em safras anteriores”, calcula.

A cooperativa também informou que doenças e pragas comuns na cultura, como oídio e pulgões, foram controladas com acompanhamento técnico. A ausência de chuvas no período que antecedeu a colheita contribuiu para a qualidade do grão colhido. Indicadores como o peso hectolitro (ph) e o “falling number”, parâmetro usado pela indústria moageira, apresentaram resultados positivos.

Com atuação em São Paulo e no Paraná, a Capal Cooperativa Agroindustrial possui atualmente mais de 3,8 mil associados e uma área assistida superior a 178 mil hectares, distribuída em 82 municípios.