segunda-feira, outubro 13, 2025

Soja tenta recuperação em Chicago após novas tensões entre EUA e China

Soja tenta recuperação em Chicago após novas tensões entre EUA e China

Os contratos futuros da soja iniciaram a sessão desta segunda-feira (13/10) com leve recuperação na Bolsa de Chicago, após registrarem queda na última sexta-feira (10/10). O movimento ocorre em meio ao aumento das tensões comerciais entre Estados Unidos e China, que voltou a pressionar os mercados agrícolas.

Os papéis com vencimento em novembro sobem 0,27%, cotados a US$ 10,0950 por bushel. A alta é atribuída a movimentos de cobertura por parte dos investidores, após semanas consecutivas de perdas.


A reação ocorre após o anúncio feito na sexta-feira à noite pelo presidente dos EUA, Donald Trump, de que o país aplicará, a partir de 1º de novembro, uma tarifa adicional de 100% sobre produtos chineses, além das tarifas já em vigor. A decisão ampliou a incerteza sobre as negociações comerciais com Pequim, especialmente em relação ao aguardado encontro entre Trump e o presidente chinês, Xi Jinping.

Além disso, novas medidas tarifárias entram em vigor nesta terça-feira (14/10). Os EUA passarão a taxar navios chineses que atracarem em seus portos, com base em bandeira, propriedade ou construção. Em resposta, a China implementará retaliações semelhantes contra embarcações norte-americanas. As ações aumentam os custos do comércio bilateral e reforçam o ambiente de instabilidade.

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Apesar das tensões, o avanço da colheita nos Estados Unidos segue em ritmo acelerado, impulsionado pelas condições climáticas secas no Meio-Oeste, o que limita a recuperação dos preços. As previsões indicam que o clima seco deve persistir durante boa parte da semana, pontua a consultoria Granar.

O milho opera estável na manhã desta segunda, com os contratos para dezembro cotados a US$ 4,1300 por bushel. O cereal encerrou a última semana com a quarta queda semanal consecutiva, pressionado pelo avanço da colheita e pela tendência baixista associada à boa produtividade.

No mercado de trigo, os preços seguem em queda, e os contratos com vencimento em dezembro recuam 0,35%, a US$ 4,9675 por bushel. A valorização do dólar frente ao euro continua pesando sobre a competitividade das exportações norte-americanas. Além disso, o mercado acompanha a aproximação da colheita no hemisfério Sul, que deve reforçar a oferta global do cereal, avalia a consultoria.

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Apesar de um recente desempenho positivo das exportações dos EUA, a ausência de dados oficiais sobre vendas externas, devido ao fechamento parcial do governo norte-americano, limita a atuação dos operadores no curto prazo. As divulgações foram interrompidas há duas semanas, o que contribui para a volatilidade no mercado.

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