Soja, milho e trigo estão subindo nesta manhã
Os preços da soja começaram o pregão regular de terça-feira (28/10) em alta, repetindo o comportamento de ontem, Bolsa de Chicago, impulsionados pela expectativa de que a China volte a comprar o grão dos Estados Unidos. Os principais contratos sobem agora 0,95%, após declarações do secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, de que as conversas comerciais com Pequim alcançaram um “marco substancial”.
Os presidentes Donald Trump e Xi Jinping devem se reunir nesta semana, na Coreia do Sul, em busca de reduzir as tensões entre os dois países. O contrato para novembro vale US$ 10,9575 por bushel.
Segundo Carsten Fritsch, do Commerzbank, a cotação, próxima de US$ 11 por bushel, é a mais alta em cerca de 15 meses e reflete a expectativa de que a China possa assumir compromissos de compra de soja americana, como ocorreu no acordo da “Fase 1” durante o primeiro mandato de Trump.
Nos últimos meses, as importações chinesas de soja americana recuaram acentuadamente. Em setembro, a China não comprou soja dos EUA — fato inédito em sete anos — embora as importações totais tenham somado 12,9 milhões de toneladas, o segundo maior volume mensal da história, segundo dados alfandegários.
Ainda de acordo com Fritsch, a paralisação parcial do governo americano impede a divulgação de dados do Departamento de Agricultura (USDA) sobre safra e exportações, limitando a visibilidade do mercado nos EUA.
No Brasil, o plantio da safra 2025/26 de soja atingiu 36% da área prevista, segundo a consultoria AgRural.
Entre os demais grãos, o milho para dezembro avança 0,64%, para US$ 4,3150 por bushel, e o trigo para dezembro tem alta de 1,2%, a US$ 5,4850 por bushel.


