Oferta contida e a expectativa de melhora no escoamento da carne têm mantido as cotações firmes
O mercado pecuário registrou poucos negócios no primeiro dia útil de novembro, informa a Scot Consultoria. A oferta contida e a expectativa de melhora no escoamento da carne neste período têm mantido as cotações firmes.
Nesta segunda-feira (3/11), das 33 regiões monitoradas pela Scot Consultoria, 27 não tiveram alterações no preço do boi gordo. Foram registradas altas apenas em Belo Horizonte (MG), Campo Grande (MS), oeste da Bahia, Marabá (PA), sudeste de Rondônia e Espírito Santo.
Nas praças de Araçatuba (SP) e Barretos (SP), referências para o mercado pecuário, todas as categorias ficaram estáveis. O boi gordo seguiu cotado a R$ 317 a arroba para o pagamento a prazo. A escala de abate estava, em média, para sete dias.
O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) destaca que os preços do boi no Estado de São Paulo estão se aproximando dos US$ 60 por arroba, marca também atingida em meados de novembro do ano passado, mas pouco comum ao longo da história. Nos últimos 20 anos, a média foi de US$ 45,45 por arroba.
O comportamento de alta dos preços em dólar é visto desde o começo de agosto. Neste período, a cotação do boi em São Paulo (conforme o indicador Cepea/Esalq) teve uma valorização de pouco mais de 8%, enquanto o dólar baixou 4%, resultando no aumento de quase 13% do preço na moeda americana.
Mesmo com essa relativa perda de competitividade do boi brasileiro em dólar, o Cepea lembra que as exportações de carne bovina vêm batendo sucessivos recordes, confirmando a demanda internacional firme pela carne brasileira.
No mercado doméstico, a Scot Consultoria afirma que, apesar da desaceleração nas vendas do varejo na última semana e do menor giro nos estoques no atacado, a alta na arroba do boi gordo e a redução na oferta de bovinos reduziram os estoques, o que favoreceu a cotação das carcaças casadas.


