Área plantada deve aumentar 6%
A cultura do milho deve registrar forte expansão no Mercosul na safra 2025/26. Segundo o informativo da Céleres, a área plantada deve aumentar 6%, com acréscimo de cerca de 2 milhões de hectares, alcançando 35,1 milhões de hectares.
A Argentina lidera esse crescimento com adição de 1,4 milhão de hectares, impulsionada pelas boas margens em relação à soja. O Brasil também contribui, com incremento de 600 mil hectares, puxado pela demanda da indústria interna.
Com produtividade média estimada em 6,1 toneladas por hectare, a produção total deve atingir 214,2 milhões de toneladas. No cenário otimista, esse volume pode ultrapassar os 235 milhões de toneladas, configurando uma safra recorde para o bloco.
Esse crescimento impacta diretamente nas exportações, que devem subir em 9 milhões de toneladas, consolidando o Mercosul como um dos principais fornecedores globais do cereal. Atualmente, a região responde por cerca de 40% das exportações mundiais.
O consumo interno também tende a crescer, com previsão de aumento de 8 milhões de toneladas, mantendo os estoques finais em patamar historicamente elevado, embora ligeiramente abaixo do ciclo anterior.
Assim como na soja, o milho deve enfrentar uma tendência neutra de preços, sem grandes valorizações, mas suficientes para sustentar a rentabilidade e estimular a expansão da cultura.
A taxa de câmbio continua sendo um fator de risco importante, mas a forte demanda interna ajuda a equilibrar os preços e garantir maior estabilidade para o produtor. O avanço da cultura reforça a importância estratégica do milho no planejamento produtivo da região, principalmente em um cenário de busca por diversificação e maior resiliência das margens.


