Cotações avançaram mesmo com manutenção de taxas chinesas para compras de soja dos EUA
Em um aceno claro de trégua da guerra comercial com os Estados Unidos, a China anunciou nesta quarta-feira (5/11) a suspensão de tarifas para a importação de produtos agrícolas americanos. Mesmo com a soja fora da lista de isenção de taxas, os preços subiram na bolsa de Chicago. Os contratos para janeiro avançaram 1,14%, a US$ 11,3425 o bushel nesta quarta-feira (5/11).
A China anunciou a suspensão de tarifas de até 24% para milho, trigo, carne e algodão trazidos dos EUA a partir do dia 10 de novembro, mas manteve a soja com 13%.
Segundo Ronaldo Fernandes, da Royal Rural, mesmo com a soja de fora do pacote chinês, a cotação ganhou força, pois o mercado acredita que a oleaginosa pode num futuro próximo ficar isenta das sobretaxas.
“O mercado havia precificado lá atrás que a partir do dia 10 [de novembro] as taxas seriam muito mais pesadas para os produtos agrícolas americanos. Agora, com o anúncio chinês, há uma percepção de que esse cenário de tarifas não deve piorar. A China fez seu primeiro anúncio oficial de acordo com os EUA e isso é um sinal de flexibilização das questões que envolvem a guerra comercial”, destacou Fernandes.
Ainda de acordo com ele, os preços ganharam força na sessão de hoje após movimentações técnicas, e devem seguir em alta, repercutindo os desdobramentos da trégua entre chineses e americanos.
Milho
Assim como a soja, o milho avançou após o anúncio chinês de suspensão de tarifas para importação de produtos agrícolas americanos. Os contratos do cereal para dezembro fecharam em alta de 0,87%, a US$ 4,3525 o bushel.
Trigo
Acompanhando o otimismo com a demanda por soja e milho, o trigo avançou na bolsa de Chicago. Os contratos para dezembro subiram 0,82%, a US$ 5,5475 o bushel.


