Produtividade do trigo varia entre regiões
O Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (6) aponta que a colheita do trigo alcançou 42% da área cultivada no Rio Grande do Sul. O índice está abaixo da média das últimas cinco safras, estimada em 64% para o mesmo período. Segundo o boletim, essa diferença é resultado da “maturação mais lenta das lavouras”, influenciada pela alternância de períodos chuvosos e temperaturas amenas em setembro e outubro, o que prolongou as fases vegetativa e de formação de grãos.
De acordo com o levantamento, 36% das áreas estão em maturação fisiológica, 20% em enchimento de grãos e 2% ainda em floração, o que demonstra um ciclo mais tardio em comparação aos anos anteriores. As condições climáticas recentes, caracterizadas por “umidade do solo elevada e boa luminosidade entre os intervalos de chuva”, favoreceram o peso dos grãos e a uniformidade das espigas. A qualidade industrial permanece dentro dos padrões usuais de panificação e moagem, com produtividades iniciais entre 2.800 e 3.500 kg/ha, dependendo da fertilidade do solo, do regime hídrico e da época de semeadura.
A sanidade das lavouras é considerada adequada, com controle das principais doenças fúngicas. No entanto, a Emater/RS-Ascar registra incidência de ferrugem e giberela em áreas onde o manejo não foi realizado ou apresentou falhas. A estimativa aponta 1.141.224 hectares cultivados com trigo no Estado, com produtividade média de 3.261 kg/ha.


