Foi uma chuva na medida certa para esse estágio da cultura
Previsões de fortes ventos e chuvas intensas no Sudeste colocaram cafeicultores em alerta no último final de semana, mas o impacto nas lavouras foi mínimo. Segundo boletim do Cepea, a preocupação não se confirmou, e as precipitações acabaram beneficiando o desenvolvimento da safra 2026/27.
Nas principais regiões produtoras de café arábica, como a Mogiana Paulista, Garça (SP) e o Sul de Minas, os produtores temiam que os ventos derrubassem os chumbinhos — estágio inicial do grão após a florada. No entanto, conforme apuração do Cepea, não foram registrados danos significativos nessas áreas. As rajadas mais fortes ocorreram em pontos isolados do norte do Paraná, também produtor de arábica, mas os estragos foram pontuais e não comprometem o cenário geral da cultura. “A maior parte da florada já aconteceu, e agora o que precisamos é de continuidade nas chuvas para garantir a fixação dos chumbinhos”, destacam os colaboradores consultados pelo Cepea.
Ainda segundo dados do boletim, as chuvas do fim de semana foram benéficas ao promoverem umidade adequada ao solo, condição essencial nesta fase crítica da formação da próxima safra. A permanência de umidade é crucial para evitar o abortamento dos chumbinhos, o que comprometeria a produtividade futura. O Cepea reforça que o sucesso da temporada 2026/27 está agora condicionado à boa fixação dos frutos. Em um ano climático ainda imprevisível, a regularidade das chuvas pode determinar se a colheita será promissora ou abaixo do esperado. Até o momento, o quadro é positivo.
Embora o clima tenha sido motivo de apreensão nos dias anteriores, o alívio chegou com a constatação de que não houve prejuízos generalizados. “Foi uma chuva na medida certa para esse estágio da cultura”, destaca o boletim do Cepea..


