Citricultura tem desenvolvimento estável no RS
O Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar na quinta-feira (25) aponta cenário de desenvolvimento estável para a citricultura em diferentes regiões do Rio Grande do Sul, com destaque para a influência das condições climáticas recentes sobre a sanidade dos pomares e a formação dos frutos. Na região administrativa de Caxias do Sul, em Veranópolis, os pomares apresentam bom estado fitossanitário e desenvolvimento vegetativo regular. Segundo o levantamento, “os frutos estão em fase de formação com boa carga produtiva”, e as bergamoteiras permanecem livres de ataques de pragas e doenças. Nas laranjeiras, a avaliação indica expectativa de produtividade satisfatória, embora haja “indícios de redução de carga em alguns pomares, a ser confirmada nas próximas semanas”.
Na região de Lajeado, que abrange municípios como Montenegro, São José do Sul, Brochier, Maratá e Tupandi, a sanidade dos pomares de bergamota, laranja e limão é considerada satisfatória, favorecida pelas condições climáticas recentes. Em Arvorezinha, no entanto, observa-se frutificação irregular. Apesar da floração expressiva registrada neste ano, “não está ocorrendo bom pegamento de frutos para a Safra 2025/2026”, em razão da variação climática durante a floração e da nutrição inadequada em parte dos pomares. Restam poucas áreas em colheita das variedades Valência e Folha Murcha, com realização de tratamentos para controle de pinta-preta, cancro-cítrico e ácaros.
Para a indústria de sucos, os produtores de Arvorezinha encerram a safra com avaliação negativa dos preços. O informativo registra que “o frio intenso prolongou a permanência dos frutos nas plantas, mas não houve reação nos preços”. Ainda assim, a expectativa para a Safra 2025/2026 é positiva quanto à produção, em função da floração e do pegamento de frutos. Em Tupandi, com 346 hectares, a colheita chega a 95%, e o preço recebido é de R$ 12,50 por caixa de 25 quilos. Os valores finais variaram entre R$ 14,00 e R$ 15,00 por caixa, conforme a infraestrutura disponível nas propriedades.
Já a lima ácida Tahiti registra retração nos valores pagos ao produtor. Em Brochier, Maratá e Tupandi, os preços estão em R$ 50,00 por caixa de 25 quilos. Em São José do Sul, onde há 9,3 hectares cultivados, os produtores não realizaram comercialização nas últimas semanas.


