O instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA) apontou, no boletim da pecuária desta semana, que a diferença entre a arroba do boi gordo e a do bezerro de ano, o chamado ágio, é um importante indicador para estratégias de comercialização de gado. “No final do ano, o ágio foi o menor desde março de 2014, uma vez que em novembro registrou o valor de 16,08% e em dezembro 16,46%. Isso significa que quem comprou bezerro e vendeu boi gordo conseguiu uma diferença nos preços destas categorias menor do que comumente é observada, já que a média histórica deste indicador é 20,74%”.
Em janeiro, “o ágio voltou a ser superior que o histórico, cerca de 23,19%, uma vez que as cotações da arroba recuaram e do bezerro de ano subiram. Para se ter uma ideia, entre dezembro 2019 e janeiro a arroba do boi gordo recuou 5,91% enquanto a do bezerro aumentou 2,80%. Mas, como é normal a arroba retrair no primeiro mês do ano e as maiores cotações serem registradas no segundo semestre, o ágio pode voltar a recuar na segunda metade de 2020, movimento comum ao longo do tempo, como é observado no gráfico ao lado”, informa.
Na semana passada, em Mato Grosso a arroba do boi gordo fechou em R$ 169,47. No mercado de reposição, o bezerro de ano ficou cotado a R$ 1.582,15/cabeça, queda de 1,25%.