Analista destaca que momento é favorável para o clima das lavouras no Brasil
Enquanto as atenções do mercado de café seguem voltadas para o clima em áreas produtoras, os preços oscilam na bolsa de Nova York. Os contratos do arábica com vencimento em março de 2026 recuaram 0,27%, negociados a US$ 3,7245 a libra-peso.
De acordo com Antônio Pancieri Neto, da Clonal Corretora de Café, além das chuvas favoráveis em cafezais do Brasil, os mapas indicam bons volumes para o mês de dezembro em áreas produtoras.
“Apesar desse cenário, o calor e as altas temperaturas já podem ter prejudicado o potencial da safra 2026/27, por isso é preciso cautela. Mas como o mercado sempre se antecipa, os fundos já tomam essa posição de venda”, afirma.
Após o excesso de chuva no Vietnã – maior produtor mundial de café arábica –, que ajudou a impulsionar as cotações no mês passado, a expectativa agora é de redução nas precipitações.
“Associação dos produtores do Vietnã indicou aumento de 10% na produção nesta safra. Mas devido à grande quantidade de chuva, o que pode ser prejudicado é a qualidade do grão colhido, e também o fluxo de entrada da produção, que era esperado para novembro e dezembro, mas agora será postergado”, acrescenta o corretor de mercado.
No mercado de suco de laranja congelado e concentrado (FCOJ, na sigla em inglês) em Nova York, os contratos para janeiro fecharam em queda de 1,39%, a US$ 1,4885 a libra-peso.
O açúcar demerara registrou leve queda na bolsa de Nova York. Os lotes do demerara para março de 2026 recuaram 0,33%, cotados a 14,93 centavos de dólar a libra-peso.
O dia também foi de leve queda para as cotações do algodão em Nova York. Os papéis com vencimento em março caíram 0,17%, cotados a 64,46 centavos de dólar a libra-peso.
Somente o cacau avançou entre as agrícolas negociadas na bolsa americana. Impactado por ajustes técnicos, os contratos da amêndoa para março de 2026 subiram 0,90%, a US$ 5.504 a tonelada.


