Apesar de ter uma das maiores pecuárias bovinas do mundo, os rebanhos brasileiros apresentam índices de aproveitamento muito baixos. Isto, é claro, diz respeito ao rebanho nacional, de uma maneira geral, pois encontramos muitas criações com índices de aproveitamento altíssimos.
Felizmente, este quadro da pecuária bovina brasileira pode ser alterado e melhorado, de acordo com o interesse dos pecuaristas em melhorar o aproveitamento de suas criações. Isso é um passo lógico, pois melhorando o aproveitamento, o retorno financeiro certamente aumentará.
No nosso país existem rebanhos de alto padrão zootécnico, de alta produção e alta fertilidade, o que torna possível melhorar o padrão dos outros rebanhos, fazendo com que a produção seja mais elevada. Para isso torna-se necessário a adoção de várias medidas, entre as quais podem ser citadas as seguintes:
– Melhorar as condições de alimentação do rebanho, pois, como é muito comum se ouvir dizer, e acertadamente, “metade da raça se faz pela boca”. Para isso, em primeiro lugar, é preciso limpar as pastagens já existentes e dividi-las no maior número possível de piquetes pois com isso torna-se possível fazer a rotação de pastagens.
Essa prática é de grande valor porque, não só permite maior número de animais na mesma área, como também que as forragens se desenvolvam melhor e se mantenham sempre tenras, devido à brotação constante.
A formação de pastagens artificiais é outro fator importante para a produtividade do rebanho, mas é preciso, para se obter os melhores resultados, que elas sejam bem divididas e que sejam formadas por boas forrageiras, gramíneas ou leguminosas e de preferência consorciadas, pois isto proporciona um regime alimentar rico em proteínas e melhor equilibrado.
– Controlar o grau de fertilidade, tanto das fêmeas quanto dos machos, para evitar que animais improdutivos sejam mantidos no rebanho, o que só causa prejuízo, pois em seu lugar pode ser mantido outro animal em boas condições reprodutivas, evitando, inclusive, a perda de tempo e o atraso na exploração pecuária.
– Controlar a época das coberturas pois, embora no Brasil, por suas condições de solo e clima, os bovinos possam se reproduzir o ano todo, existem épocas mais favoráveis, não só para os acasalamentos, nascimento e criação dos bezerros, mas também para que os produtos sejam obtidos em épocas mais vantajosas, devido a facilidade de comercialização ou por encontrar melhores preços de mercado.
Portanto, é necessário que os touros sejam apartados das vacas e que os acasalamentos só sejam realizados na primavera ou de preferência nos meses de setembro, outubro e novembro, para que as crias nasçam na época desejada, ou seja, no inverno.
– Evitar ou combater as doenças, entre as quais podemos citar a aftosa, raiva, tétano, brucelose, etc., através, principalmente, de um bom esquema de vacinação.
– Melhorar a qualidade do gado por seleção ou por cruzamentos com reprodutores puros das raças aperfeiçoadas ou, então, adquirindo animais puros para formar rebanhos já puros dessa mesma raça.
Naturalmente, o manejo do rebanho é de grande importância e vem complementar todas as outras medidas.
Outro fator do qual depende, muitas vezes, o sucesso ou o fracasso da empresa agropecuária, de uma forma geral, é a própria administração do empreendimento.
Finalmente, e o que é mais importante em qualquer exploração pecuária, é a orientação técnica, dada por técnicos especializados.
Portanto, criador, melhore o seu rebanho para ter mais lucro, o que só será possível com uma boa orientação e a utilização de métodos modernos.
Fonte: Rural News