A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 1,1 bilhão na terceira semana de junho de 2025, com uma corrente de comércio de US$ 9,9 bilhões, resultado de exportações de US$ 5,52 bilhões e importações de US$ 4,4 bilhões. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (23) pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
Na comparação das médias diárias até a terceira semana de junho de 2025 (US$ 1,428 bilhão) com o mesmo mês de 2024 (US$ 1,436 bilhão), houve queda de 0,6% nas exportações. Já nas importações, a média diária foi de US$ 1,130 bilhão, alta de 0,9% sobre igual período do ano anterior. A corrente de comércio diária atingiu US$ 2,559 bilhões, com crescimento de 0,1% frente a junho de 2024.
No desempenho setorial das exportações até a terceira semana de junho, a Indústria de Transformação apresentou crescimento de 7,5%, com aumento médio diário de US$ 53,81 milhões. Por outro lado, a Agropecuária teve queda de 12,2%, com recuo de US$ 46,84 milhões, e a Indústria Extrativa caiu 5,2%, com redução de US$ 17,44 milhões.
Apesar do recuo geral nas exportações, alguns itens apresentaram crescimento, como frutas e nozes frescas ou secas (55,4%), café não torrado (25,8%) e especiarias (46,9%). Na Indústria Extrativa, os destaques positivos foram os minérios de níquel e de alumínio. Na Indústria de Transformação, carne bovina, veículos de passageiros e ouro não monetário lideraram os aumentos.
Nas importações até a terceira semana de junho, a Indústria de Transformação cresceu 1,5%, somando US$ 14,63 bilhões. A Agropecuária recuou 7,8%, com US$ 0,30 bilhão, e a Indústria Extrativa teve queda de 5,2%, com US$ 0,79 bilhão.
Entre os produtos importados com alta estão cevada (49,9%), cereais como centeio e aveia (633,5%) e gomas naturais (91,7%). A Indústria Extrativa teve aumento nas compras de óleos brutos (8,5%) e areia e cascalho (32,4%). Na Indústria de Transformação, cresceram as importações de compostos químicos (36,6%), motores e máquinas (37,2%) e aeronaves (46,7%).