sexta-feira, junho 27, 2025

Cresce a importância em adotar variedades de cafeeiros resistentes

Cresce a importância em adotar variedades de cafeeiros resistentes

Com o crescente problema de ataque de doenças e pragas nas lavouras de café, é cada vez mais importante desenvolver e adotar variedades de cafeeiros resistentes

Uma grande quantidade de pragas e doenças ataca os cafeeiros em suas diferentes partes – raízes, ramagem, folhagem, flores e frutos. E, sem controle, provocam perdas significativas no crescimento e na produção das plantas.

Os métodos de controle de pragas e doenças podem ser de dois tipos: o controle químico ou biológico, através do uso de produtos defensivos e o controle natural e cultural, mediante o uso de variedades resistentes e de práticas que reduzam os ataques, como adubações, podas, etc.


O uso de variedades resistentes consiste num sistema de controle bastante econômico, pois utiliza a genética própria da planta como mecanismo para reduzir ou mesmo evitar os ataques das doenças e pragas.

O desenvolvimento de variedades de cafeeiros resistentes foi intensificado a partir da constatação da ferrugem em 1970, doença com ampla disseminação e que causa graves prejuízos em todas regiões cafeeiras, seja em áreas de cultivo de arábica ou robusta.

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Um grande número de variedades resistentes à ferrugem, com tolerância e até imunidade a essa doença, está disponível para plantio, oferecendo vantagens adicionais como: bom vigor, alta produtividade e boa qualidade dos frutos. Na escolha dessas variedades, pelos técnicos recomendantes e pelos produtores, é preciso verificar seu comportamento nas regiões de cultivo desejadas, observando os resultados de ensaios de testagem, sempre com maior número de safras avaliadas, tendo em vista a necessidade de comprovação da permanência do vigor das plantas por longo período, pois a cultura do café é de natureza perene.

A adoção de variedades resistentes é altamente recomendável, pois o controle químico tem enfrentado problemas de perda de eficiência dos fungicidas. É uma indicação prioritária, especialmente nas áreas montanhosas e para pequenos produtores, onde as pulverizações são dificultadas pelo declive e pela operação manual. Também, os médios e grandes produtores devem ter boa parte de suas áreas com essas variedades resistentes, o que vai facilitar o controle e reduzir custos.

Apesar da possibilidade de aparecimento de novas raças do fungo da ferrugem que venham a quebrar a resistência das plantas, tem sido observada uma permanência longa dessa resistência, pois materiais desenvolvidos desde a década de 1980 permanecem resistentes até hoje. Além disso, as novas variedades têm a característica de boa produtividade, igual ou superior às variedades que vinham sendo tradicionalmente cultivadas, a catuaí e a mundo novo.

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Existem, também, variedades resistentes a outros males que afetam os cafeeiros. Estão disponíveis materiais com resistência aos nematóides (de pé franco ou enxertado), resistentes à mancha aureolada, tolerantes à phoma, resistentes ao bicho mineiro e até ao estresse hídrico, sendo que alguns materiais genéticos têm resistência múltipla.

Cabe aos técnicos e produtores verificarem, em suas situações, quais os problemas mais críticos e seus sistemas de manejo para escolher as variedades mais adequadas às suas condições, considerando também as características complementares das plantas, como produtividade, vigor, maturação e qualidade dos frutos, etc.

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