Fim das tarifas adicionais de 40% impostas pelo governo Donald Trump trouxe alívio para o setor
Os Estados Unidos são responsáveis pela compra de mais de 90% da água de coco brasileira vendida a outros países. Entre janeiro e outubro de 2025, os embarques a 46 países somaram US$ 57,1 milhões – somente o mercado americano respondeu por US$ 51,5 milhões. Em seguida, aparece o Canadá, mas com uma participação bem menor (US$ 1,88 milhão).
No recorte específico das vendas para os Estados Unidos, o impacto aparece com mais clareza: o volume financeiro caiu de US$ 5,4 milhões para US$ 4,5 milhões no mesmo período, uma redução de cerca de 16%.
Os Estados que mais exportam
Em 2025, 17 estados venderam água de coco para o exterior. Os que obtiveram mais exportações, até outubro, foram Bahia e Ceará, com US$ 28,1 milhões e US$ 20,2 milhões, respectivamente. Logo depois vem a Paraíba, que já comercializou US$ 6,8 milhões.
Em volume, o Brasil comercializou aproximadamente 49,9 mil toneladas, o que representa cerca de 50 milhões de litros de água de coco, segundo os cálculos utilizados no setor.
Os exportadores cearenses deixaram de embarcar pelo menos 1,5 milhão de litros para os Estados Unidos quando as tarifas ainda estavam em vigor.
A Dikoko, por exemplo, perdeu um pedido de 20 contêineres, que somavam 550 mil litros, afirma o presidente da empresa, Raimundo Dias de Almeida. Desde agosto, quando o tarifaço começou, as exportações para os americanos caíram mais de 50%.
Ele explica que tentou expandir as vendas para outros países da Ásia (Singapura, Vietnã, China) e da Europa, mas o principal mercado, de fato, é o dos EUA.
Considerando a quantidade gerada por cada estado, o Ceará é responsável por 27% de toda produção no Brasil, conforme os dados da Produção Agrícola Municipal (PAM) de 2024, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ao todo, foram mais de 588 mil toneladas.
O segundo que mais produz é a Bahia (359.890). Depois vem Pernambuco (262.537), Pará (169.935) e Rio Grande do Norte (164.555).


