Para 2026, projeção é de aumento nos embarques das três proteínas
As exportações de carne de frango do Brasil devem recuar até 2% neste ano, para até 5,2 milhões de toneladas, estimou nesta quarta-feira (20/8) a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) A produção, porém, tende a aumentar até 3% em 2025, para 15,4 milhões de toneladas.
Já para o ano que vem, a percepção é mais promissora e as vendas externas devem se recuperar. Segundo a associação, as exportações devem crescer até 5,8% em 2026, para 5,5 milhões de toneladas. A produção estimada para 2026 é de 15,7 milhões de toneladas, um avanço de até 2% comparado a este ano.
Ainda de acordo com a entidade, a oferta de frango deve avançar até 5,4% em 2025, para 10,2 milhões de toneladas, enquanto o consumo interno crescerá até 5,1%, para 47,8 quilos per capita.
No ano que vem, a entidade acredita que a oferta de frango ficará estável, assim como o consumo per capita.
No caso da carne suína, as exportações do Brasil devem aumentar até 7,2% neste ano, para até 1,45 milhão de toneladas, estimou a ABPA. A produção tende a crescer até 2,2% em 2025, para 5,42 milhões de toneladas.
Já para o ano que vem, a expectativa vai em linha com o cenário traçado para 2025. Segundo a associação, as exportações devem subir até 7% em 2026, para 1,55 milhão de toneladas. A produção estimada para 2026 é de 5,55 milhões de toneladas, um avanço de até 2,4% comparado a este ano.
Ainda conforme a entidade, a oferta de carne suína deve ficar estável neste ano em 3,97 milhões de toneladas, enquanto o consumo interno permanecerá em 18,7 quilos per capita.
Para o ano que vem, a entidade acredita em variações quase nulas, comparadas a 2025, com oferta de 4 milhões de toneladas e consumo de 18,8 quilos per capita.
O crescimento esperado para as exportações de carne suína do Brasil vem na esteira de uma forte demanda das Filipinas, que passou a ocupar um espaço de liderança nas compras do produto brasileiro, que antes era ocupado pela China, disse o presidente da ABPA, Ricardo Santin.
“A China ainda é um grande parceiro comercial, mas as importações deles não passarão mais de 1,5 milhão de toneladas”, afirmou o dirigente. No período em que o mercado chinês era afetado pela peste suína africana (PSA), a China chegou a importar 5,27 milhões de toneladas em 2020, por exemplo.
Citando dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês), Santin ressaltou que as importações chinesas estão estimadas em 1,3 milhão de toneladas de carne suína para este ano, o que justifica a diminuição de compra do produto brasileiro.
Com isso, as Filipinas foram destino de 23% das exportações de carne suína do Brasil no acumulado de janeiro a julho, conforme levantamento da ABPA, enquanto a China ficou com 13% das compras e o Chile com 8%.
A produção nacional também deve registrar expansão. A expectativa é de que alcance 62 bilhões de unidades em 2025, 7,5% acima das 57,6 bilhões de unidades de 2024. No ano seguinte, a projeção é de novo crescimento, de 4,8%, totalizando 65 bilhões de unidades.