Paraná é o 3º maior exportador de mel do país
Segundo o Boletim de Conjuntura Agropecuária, divulgado na última quinta-feira (28) pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), o Brasil exportou 22.676 toneladas de mel in natura nos sete primeiros meses de 2025. O volume representa alta de 7,2% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram embarcadas 21.144 toneladas.
O Paraná ocupou a terceira posição no ranking das exportações, com 4.637 toneladas embarcadas e receita de US$ 15,2 milhões. No mesmo intervalo de 2024, o estado havia exportado 2.191 toneladas, com faturamento de US$ 5,5 milhões. Minas Gerais liderou as vendas externas com US$ 16,8 milhões, seguido do Piauí, que registrou US$ 16,2 milhões.
Os Estados Unidos seguem como principais destinos do mel brasileiro, respondendo por 85% do volume total exportado. Entre janeiro e julho, o país importou 19.250 toneladas, desembolsando US$ 63 milhões. O valor médio pago, de US$ 3,27/kg, foi 28,8% maior em relação ao ano anterior. Outros compradores relevantes foram Canadá, Alemanha, Reino Unido e Países Baixos.
Como resposta, o governo brasileiro editou a Portaria Interministerial nº 12/2025, publicada em 22 de agosto pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA). A medida prevê compras públicas emergenciais para mitigar as perdas de produtores e exportadores afetados pela tributação norte-americana.
“Essa contratação atenderá diretamente os setores afetados pelas tarifas adicionais, incluindo a produção de mel natural”, informou a portaria. Além do mel, estão incluídos produtos como açaí, castanhas, manga, uva e pescados. Para participar, as empresas exportadoras deverão apresentar uma Declaração de Perda no Sistema Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX), enquanto os produtores deverão protocolar uma Autodeclaração de Perda.