quinta-feira, novembro 6, 2025

Geopolítica da soja traz desafios técnicos e comerciais para manutenção da liderança brasileira

Geopolítica da soja traz desafios técnicos e comerciais para manutenção da liderança brasileira

A soja é o principal produto de exportação agrícola brasileiro

A soja é o principal produto de exportação agrícola brasileiro e, do total exportado, aproximadamente 75% tem como destino a China. Para trazer um panorama dos desafios que perpassam esse mercado, a coordenadora do núcleo de Ásia do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), Larissa Wachholz, abordou a centralidade da China na geopolítica da soja frente aos crescentes controles e demanda durante o VII Seminário Desafios da Liderança Brasileira no Mercado Mundial de Soja, realizado nos dias 19 e 20 de agosto, em Londrina (PR).


No que se refere às exigências do mercado internacional para a exportação de soja, Hugo Caruso, diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal, do Ministérios da Agricultura afirma que o Brasil vem recebendo notificações da China relacionadas a pragas quarentenárias, principalmente de sementes quarentenárias em cargas de soja, e até relato de soja tratadas com fungicidas. “Tivemos inclusive, esse ano, cinco empresas que foram suspensas para exportação de soja, mas conseguimos reverter a situação nos comprometendo que resolveríamos o problema. Por isso, precisamos ter toda cadeia produtiva ciente das suas responsabilidades para não provocar complicações nas nossas exportações”, alerta Caruso.

Para abordar os aspectos legais e normativos para exportação de soja geneticamente modificada (transgênicos) à China, o Seminário contou com a palestra da Catarina Pires, diretora de Biotecnologia da da CropLife. Segundo ela, a convergência regulatória em biotecnologia pode impactar as exportações de commodities agrícolas, especialmente para a China. “Hoje o Brasil tem um quadro regulatório que leva, em média, um ano e meio para aprovar os produtos transgênicos, mas a China tem levado, em média cinco anos. Esse descompasso gera um impacto econômico, mas o Brasil e a China podem cooperar para que os sistemas regulatórios sejam mais convergentes e harmonizados. “Se superarmos esse desafio, teremos um acréscimo de mais de 1 bilhão de dólares para a cadeia exportadora de produtos agrícolas, por ano”, calcula Catarina

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