sexta-feira, novembro 28, 2025

Indústria do RS vai processar carinata e transformá-la em óleo

Indústria do RS vai processar carinata e transformá-la em óleo

No ano passado, quando a Nufarm realizou testes-piloto de cultivo de carinata no Brasil, o grão colhido teve de ser embarcado para a Bélgica para ser processado. Agora, a carinata colhida no Brasil será processada e transformada em óleo já aqui no país, em uma unidade de esmagamento de canola que a Celena Alimentos inaugurou neste ano com o Grupo Camera em São Luiz Gonzaga (RS). Com isso, o Brasil passará a exportar óleo de carinata.

Em outubro, a unidade fez um teste de esmagamento de 2,5 mil toneladas de carinata, o que resultou na produção de óleo e farelo de carinata. Diferentemente do óleo de canola, o de carinata é tóxico para o consumo humano, o que exige processos químicos para a retirada desses componentes.


As amostras do esmagamento-teste já foram analisadas em laboratório e comprovaram que o farelo de carinata tem as proteínas adequados para a alimentação. A expectativa é que outras análises certifiquem que o produto esteja sem os elementos tóxicos, segundo Vantuir Scarantti, gerente agrícola da Celena Alimentos.

Uma vez provada a viabilidade do farelo de carinata, a indústria gaúcha deverá processar a carinata durante um mês no ano, quando deverá esmagar 20 mil toneladas, enquanto a canola será processada nos outros 11 meses.

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Conforme a produção nacional aumentar, a indústria poderá aumentar o tempo de esmagamento da carinata. A indústria poderá reduzir o tempo de esmagamento da canola ou aumentar a capacidade, diz Scarantti.

Em alguns anos, a perspectiva da Nufarm é que as plantas de SAF prometidas no Brasil verticalizem toda a produção. A previsão é de que, até 2030, estejam em operação a produção de SAF na unidade da Refinaria de Petróleo Riograndense (RPR), em Rio Grande (RS), na refinaria da Petrobras em Cubatão (SP) e em uma planta da OilGroup em Bacabeira (MA).

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