Apesar da continuidade na trajetória de queda dos preços do arroz no Rio Grande do Sul, a movimentação mais intensa por parte de indústrias e o aumento do interesse internacional pelo grão brasileiro ajudaram a conter uma retração ainda maior. A atuação desses compradores, motivados pela necessidade de recompor estoques e atender à demanda externa, serviu como um freio para a desvalorização do produto no mercado gaúcho.
Por outro lado, os vendedores continuam cautelosos nas negociações no mercado spot. A menor liquidez observada está diretamente ligada aos impactos das fortes chuvas que atingiram o estado, especialmente na região central. As enchentes e os bloqueios de rodovias dificultaram o transporte e a comercialização do arroz, contribuindo para a lentidão nas transações.
Os impactos climáticos também devem influenciar a próxima safra, com produtores atentos aos custos de produção e às condições do solo após as enchentes. A retomada da normalidade logística e da colheita plena ainda é incerta em algumas regiões, o que pode afetar o planejamento das próximas movimentações de mercado.