sábado, dezembro 6, 2025

Irrigação e produtividade aumentaram colheita de algodão na Bahia

Irrigação e produtividade aumentaram colheita de algodão na Bahia

Impulsionada pelo avanço do algodão irrigado e pela manutenção de uma das maiores produtividades do país, a Bahia fechou a safra 2024/2025 com volume de 843 mil toneladas de pluma, oriundos de 413 mil hectares de lavouras. Na safra anterior, o Estado colheu 708,3 mil toneladas, semeados em 346 mil hectares, nos cálculos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

De acordo com a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), para cada hectare, o Estado colheu, em média, 2041 quilos de algodão beneficiado, número acima do nacional, que foi de 1958 quilos por hectare.


Para 2025/2026, a primeira estimativa da Abrapa projeta recuo de 2,5% na área, para 402,8 mil hectares. A produção deve sutilmente acompanhar a redução, e está até agora estimada em 822 mil toneladas.

Já a produtividade deve permanecer estável, em 2041 quilos de pluma. A Abapa reforça, no entanto, que a confirmação desse número ainda depende de acompanhamento, já que o plantio está atrasado pela demora no início das chuvas na região.

- Advertisement -

A Abapa reforçou que a irrigação garantiu estabilidade na produção e ajudou a manter a participação do algodão na matriz produtiva da principal área produtiva do Estado, a região Oeste, cujo carro-chefe é a soja. Hoje os pivôs já estão presentes em um terço da área plantada. A área irrigada deve passar de 140 mil hectares, em 2024/2025, para cerca de 150 mil hectares em 2025/2026.

No ciclo recém-colhido, a área de algodão plantado em regime de sequeiro foi de 272,5 mil hectares (66%), enquanto o irrigado ocupou 140,6 mil hectares (34%).

“O cultivo irrigado seguirá como o principal fator de sustentação dos bons resultados de produtividade na Bahia, algo que já havia se consolidado neste ciclo. Numa safra desafiadora como a que acabamos de colher, marcada pela falta de chuva em um mês crucial para a formação das maçãs, em março, a irrigação fez muita diferença. Aqui no Oeste, ela é usada apenas quando necessário, no período certo para ‘salvar a lavoura’. E isso é feito com a observância dos processos legais, e respeito ao meio ambiente”, disse, em nota, a presidente da Abapa, Alessandra Zanotto Costa.

- Advertisement -

Para o gerente do Programa Fitossanitário de Fitossanidade da Abapa, Giorge Gomes, a safra de algodão na Bahia foi boa, mesmo com desafios enfrentados com o clima com insetos.

Últimas Notícias

Mais notícias