Ao divulgar esses números, o USDA observa que Brasil e Tailândia permanecerão como os principais fornecedores de carne de frango da Comunidade Europeia. Mas deixa entrever que agora enfrentarão um novo concorrente, a Ucrânia. Que, depois de obter uma quota de fornecimento significativa (é a compensação pela disputa com a Rússia), vai se tornar o terceiro maior supridor da UE.
Como o bloco europeu não tem aumentado suas importações – contra 709 mil toneladas importadas em 2014, a previsão do USDA é de 710 mil toneladas em 2015, volume que tende a se repetir em 2016 – um dos líderes atuais vai perder mercado.
O risco maior, neste caso, recai sobre o Brasil. Pois, após terem se aproximado das 500 mil toneladas anuais no triênio 2007/2009, as exportações brasileiras de carne de frango para o bloco europeu passaram a sofrer redução. O previsto para 2015 é algo em torno das 380-390 mil toneladas, podendo corresponder ao menor volume embarcado para a União Europeia nos últimos 10 anos.
Notar, pelo gráfico abaixo, que em 2015 o volume proveniente da Tailândia deve dar um grande salto, aumentando cerca de 30%. É o efeito da retomada das importações de carne de frango in natura, após a avicultura tailandesa ter-se livrado, quase uma década depois, do surto de Influenza Aviária que atingiu o país nos primeiros anos deste século.