Segundo dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), “no Brasil, cerca de 60% das pastagens apresentam algum grau de degradação”. A instituição informa que esse cenário ocorre porque muitas áreas ainda são exploradas de forma extrativista, sem manejo adequado ou reposição de nutrientes, o que compromete a fertilidade do solo. De acordo com a Embrapa, o problema se agrava pela limitada disponibilidade de crédito para renovação das áreas e pela falta de assistência técnica especializada, dificultando o planejamento do manejo e a aplicação correta de insumos, especialmente entre pecuaristas de pequeno e médio porte. Essa situação resulta em pastagens menos produtivas, com menor acúmulo de massa verde e redução da lotação animal por hectare, comprometendo diretamente a produtividade e a sustentabilidade da pecuária. Nesse contexto, a Embrapa aponta que o manejo com óxidos de Cálcio e Magnésio se apresenta como uma alternativa eficaz, uma vez que estudos agronômicos comprovam incrementos superiores a 100% em massa verde ou matéria seca, resultando em maior disponibilidade de alimento para o rebanho, maior capacidade de suporte e ganhos em eficiência produtiva dentro da mesma área.
Os resultados positivos, segundo a Embrapa, decorrem do mecanismo de ação dos minerais, que ajustam o pH do solo, tornam nutrientes essenciais mais acessíveis e criam condições químicas equilibradas para o crescimento das gramíneas. A instituição destaca que um exemplo é o fósforo, que em solos degradados tende a se fixar em minerais e outros elementos químicos, tornando-se indisponível para absorção pelas plantas. O óxido de cálcio e magnésio atua diretamente na liberação de parte desse macronutriente, favorecendo o crescimento de raízes mais fortes e profundas. Esse desenvolvimento radicular permite maior acúmulo de biomassa, resistência ao pisoteio e capacidade de recuperação rápida após o pastejo, oferecendo ganhos concretos para o pecuarista desde as primeiras aplicações. “A combinação aumenta a disponibilidade de fósforo e outros elementos que, em solos degradados, ficam retidos e inacessíveis para as plantas, beneficiando diretamente o desenvolvimento das pastagens”, explica Guilherme Alves de Melo, responsável pelo Desenvolvimento Técnico de Mercado (DTM) da Caltec nas áreas de café e pastagens.
O ferticorretivo produzido pela Caltec, o OXIFLUX, integra o conceito da ferticorreção, que alia o controle da acidez do solo com a oferta de nutrientes, garantindo condições químicas e nutricionais favoráveis ao desenvolvimento das plantas. Mais do que corrigir desequilíbrios, essa prática acelera a resposta produtiva, tornando a adubação mais eficiente.
“Ao longo do tempo, o uso contínuo dos óxidos de cálcio e magnésio resulta em pastagens mais produtivas, resilientes e equilibradas ambientalmente, oferecendo aos pecuaristas ferramentas para aumentar a eficiência da atividade sem comprometer a sustentabilidade. Mesmo em períodos de mercado desafiador, em que o valor da arroba não é tão favorável, a forma mais eficiente de diluir custos é produzindo mais com menos, por meio do investimento em correção e nutrição de solos. Ao tratar a pastagem como qualquer outra cultura, com adubação, manejo e atenção regular, o pecuarista garante, com o tempo, um sistema mais produtivo, sustentável e lucrativo”, finaliza Melo.