Das 33 regiões monitoradas pela Scot Consultoria, 28 não tiveram alterações na cotação
O mercado pecuário teve mais um dia de estabilidade na maior parte do Brasil. Das 33 regiões monitoradas pela Scot Consultoria, 28 não tiveram alterações no preço do boi gordo. Foram registradas altas apenas no Triângulo Mineiro, Belo Horizonte (MG), oeste do Rio Grande do Sul, oeste do Maranhão e no Acre.
Segundo a Scot, as praças paulistas tinham boa oferta de boiadas, provenientes principalmente de confinamentos. As escalas de abate estavam confortáveis, porém, esta oferta já se mostrava mais ajustada.
Já o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) informa que as negociações de boi gordo estão em tendência de alta na maioria das praças acompanhadas desde o início de outubro. Ainda que contratos com confinadores sigam abastecendo boa parte da demanda de frigoríficos, as escalas de abate estão mais curtas neste mês, e a procura no mercado de balcão tem aumentado.
No acumulado de outubro, os preços do boi permanecem firmes nas 28 regiões pesquisadas pelo Cepea. Em São Paulo, os negócios têm ocorrido principalmente entre R$ 305 e R$ 315, com alguns até R$ 320. Com os valores atuais, a diferença entre a arroba de boi e 15 quilos de carcaça é a menor do ano.
Em relação aos confinamentos, uma pesquisa do Cepea em parceria com a DSM-Tortuga mostra que expectativa de rentabilidade para animais foram confinados em setembro é acima da média histórica em quase todos os Estados acompanhados. Isso acontece pela combinação de queda dos custos com alimentação e aumento do preço do boi no mercado futuro.
O Rio Grande do Sul lidera, com potencial de rentabilidade acima de 20%. Paraná vem na sequência, com estimativa de resultado em cerca de 15%. Mato Grosso, de longe com o maior rebanho confinado, também deve ter boa rentabilidade, estimada em quase 13%.
Para São Paulo, Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais, a projeção de rentabilidade está por volta de 10%.