sexta-feira, novembro 14, 2025

Preços do boi gordo seguem estáveis, mas compradores aumentam cautela

Preços do boi gordo seguem estáveis, mas compradores aumentam cautela

Os preços do boi gordo estão apresentando comportamentos diferentes nas regiões de produção, informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). O comportamento variado tem relação com o nível de oferta em cada praça e a disposição dos pecuaristas em negociar aos valores ofertados, mas compradores elevaram a cautela diante das incertezas sobre eventuais decisões da China em relação às suas importações de carne bovina do Brasil.

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Nesta quinta-feira (13/11), das 33 regiões monitoradas pela Scot Consultoria, 27 não registraram mudanças de preços no boi gordo em relação ao dia anteriores. Houve altas em Belo Horizonte (MG), sul e oeste da Bahia, Santa Catarina e Roraima. Já o sudeste de Rondônia teve queda de valores.


Nas praças de Araçatuba (SP) e Barretos (SP), referências para o mercado, o preço do boi gordo seguiu em R$ 320 a arroba para o pagamento a prazo. Segundo a Scot, em São Paulo, houve oferta de boiadas, porém as compras estavam morosas.

Pesquisadores do Cepea lembram que as exportações brasileiras de carne bovina atingiram novo recorde em outubro. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o volume embarcado nos dez primeiros meses de 2025 já representa 96% do total enviado ao exterior ao longo de 2024, indicando que este será, com folga, o melhor ano da história em termos de volume e receita cambial.

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Além da carne, animais vivos também estão sendo exportados em ritmo bem superior ao de anos passados. No acumulado da parcial deste ano, 842 mil cabeças foram embarcadas, 12,4% a mais que de janeiro a outubro de 2024.

Segundo pesquisadores do Cepea, o forte escoamento de carne para o mercado internacional tem sido um dos principais fatores de sustentação dos preços no Brasil, à medida que evita excesso de oferta no mercado doméstico. Essa demanda combinada à oferta de animais para abate um pouco menor nesta época do ano têm estimulado pequenas e contínuas valorizações tanto da carne no atacado quanto de todas as categorias animais.

O peso médio recuou, mês a mês, de janeiro até abril e, desde então, tem aumentado. A mínima em abril foi de 249,80 quilos (16,65 arrobas) e, em setembro, a média foi de 265,91 quilos (17,73 arrobas).

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Com base nos dados de janeiro a setembro, observa-se que setembro também foi o mês de maior produção de carne, quase 1 milhão de toneladas (997.280 toneladas). A título de comparação, em setembro, foram exportadas 347.683 toneladas (in natura e industrializada), o equivalente a 35% da produção mensal.

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