quinta-feira, setembro 4, 2025

Preços do milho seguem estáveis no mercado brasileiro

Preços do milho seguem estáveis no mercado brasileiro

Paraná registra perdas acima de 50% em áreas de milho

De acordo com a análise da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (Ceema), referente ao período de 22 a 28 de agosto e divulgada nesta quinta-feira (28), os preços do milho no Brasil mantiveram estabilidade. A média no Rio Grande do Sul ficou em R$ 61,68 por saca, enquanto nas principais praças do estado os valores seguiram entre R$ 59,00 e R$ 60,00, patamar semelhante ao das últimas semanas. No restante do país, as cotações oscilaram de R$ 44,00 a R$ 64,00 por saca.


Segundo a Conab, a produção total da atual safrinha deve alcançar 109,6 milhões de toneladas, frente a 90,1 milhões no ano anterior. Considerando as três safras, a produção nacional de milho está estimada em 137 milhões de toneladas, contra 115,5 milhões no ciclo anterior. Isso representa um crescimento de 21,6% na safrinha e de 18,6% no total, o que ajuda a explicar a ausência de reação nos preços.

As exportações continuam em ritmo acelerado. Nos primeiros 16 dias úteis de agosto, os embarques somaram 4,96 milhões de toneladas, o que corresponde a 81,8% do volume exportado em todo o mês de agosto de 2024. A média diária supera em 12,5% o resultado do mesmo período do ano passado, de acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

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Apesar do bom desempenho externo, a logística interna segue como entrave. A Conab calcula que a capacidade estática de armazenagem brasileira equivale a 70% da produção de soja e milho, contra 130% nos Estados Unidos. Apenas 17% da capacidade de estocagem está dentro das propriedades, enquanto no mercado norte-americano esse índice chega a 65%. Além disso, 60% do escoamento de grãos no Brasil ainda depende do transporte rodoviário. “Diante desse problema crônico, os produtores são forçados a vender logo após a colheita, quando há maior concentração de oferta e pressão sobre preços e espaço nos portos”, aponta a análise.

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