sexta-feira, junho 27, 2025

Produtores estocam feijão para esperar valorização

Produtores estocam feijão para esperar valorização

A comercialização de feijão nesta quarta-feira (25/6) demonstrou sinais claros de seletividade por parte dos compradores, com foco no feijão-carioca comercial, cujos preços variaram pelo Brasil afora entre R$ 170 e R$ 200 a saca, segundo o Instituto Brasileiro de Feijões e Pulses (Ibrafe).

“As chuvas no Vale do Araguaia — as primeiras em 30 anos na semana de São João — causaram um contratempo momentâneo nas operações de campo, mas não alteraram substancialmente a expectativa de oferta”, afirmou o instituto, em relatório.


O que chamou a atenção foi a postura de resistência por parte de alguns produtores: diante de ofertas abaixo de R$ 250 por saca, preferiram não vender. “Alguns já sinalizaram que irão direcionar seus lotes para câmaras frias, apostando na valorização ao longo do segundo semestre.”

Esse comportamento também se estende ao feijão-rajado. Diante de ofertas na casa dos R$ 235 por saca, produtores vêm buscando armazéns climatizados como estratégia para preservar a qualidade e evitar deságio.

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Para o Ibrafe, esse cenário indica um movimento claro de defesa de valor. No entanto, a sustentação dessa estratégia dependerá diretamente do ritmo de escoamento no varejo e da capacidade do mercado interno em absorver os volumes represados — especialmente com o avanço da terceira safra.

“O produtor, mais do que nunca, precisa estar atento ao custo de estocagem e às oportunidades pontuais de venda que podem surgir”, diz o texto.

No mercado internacional, os efeitos de uma crise econômica que se espalha por diversos países refletem na menor demanda.

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