sexta-feira, setembro 5, 2025

Projeção para safra de café no Brasil tem impacto limitado no preço em NY

Projeção para safra de café no Brasil tem impacto limitado no preço em NY

As novas estimativas oficiais para a produção de café do Brasil, maior produtor e exportador do tipo arábica do mundo, tiveram pouco impacto sobre os preços do grão na bolsa de Nova York.Os contratos para dezembro fecharam em alta de 0,20% nesta quinta-feira (4/9), a US$ 3,7440 a libra-peso.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) reduziu sua estimativa para a colheita de café no país em 2025/26, de 55,7 milhões para 55,2 milhões de sacas de 60 quilos. Mesmo com este corte e ainda que este seja um ciclo de baixa bienalidade, o volume estimado aponta um crescimento de 1,8% em comparação com o resultado obtido em 2024/25.


De acordo com Leonardo Rossetti, analista de inteligência de mercado da StoneX, o corte nas projeções do Brasil já estava precificado há tempos, com grande parte dos investidores já antecipando um resultado aquém do esperado para a produção brasileira. Na semana passada, a consultoria também reduziu a previsão para a safra de café no Brasil, para 62,3 milhões de sacas, ou 3,4% se comparado com a estimativa feita em abril.

“Os preços já estão sustentados em patamares elevados devido a fatores como estoques baixos, menor produção no Brasil e ainda o tarifaço. Tudo isso se junta agora ao receio de como serão as floradas em setembro”, pontua Rossetti.

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Ainda segundo ele, as previsões de curto prazo indicam chuvas levemente acima da média para áreas produtoras de café do Brasil. Por outro lado, “para a segunda metade de setembro há previsão de tempo mais seco, o que gera algum temor com o abortamento das flores em algumas localidades”, destaca.

Já no longo prazo, as previsões de clima da StoneX trazem o alerta para o risco de o fenômeno La Niña impactar o clima no último trimestre, com uma eventual redução no volume de chuvas.

Suco de laranja

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O suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ, na sigla em inglês) recuou em Nova York, olhando para os fundamentos de oferta. Os contratos para novembro caíram 4,58%, para US$ 2,3235 a libra-peso.

De acordo com análise do Rabobank, após o suco de laranja brasileiro ficar isento das sobretaxas de 50% anunciadas pelos Estados Unidos, deve acontecer um equilíbrio entre a demanda e oferta global do produto.

“Com a recuperação da produção brasileira em 2025/26, espera-se que a oferta global retorne a cerca de 1,4 milhão de toneladas. A demanda, por sua vez, deve crescer de forma estável, porém limitada, sem expectativa de recuperação significativa neste ciclo, alcançando cerca de 1,2 milhão de toneladas em 2025/26”, escreve o Rabobank, em relatório.

O cacau registrou forte queda na bolsa de Nova York, refletindo preocupações com a demanda. Os contratos para dezembro recuaram 3,52%, cotados a US$ 7.399 por tonelada.

Segundo análise do site Mercado do Cacau, as recentes notícias de queda na demanda e na margem operacional reportadas por gigantes do setor chocolates como Barry Callebaut e Lindt, combinadas com movimentos técnicos, apontam para manutenção de preços fragilizados no curto prazo.

Açúcar

Outra “soft” que teve um recuo expressivo foi o açúcar. Os lotes do demerara para outubro fecharam em queda de 2,12%, a 15,69 centavos de dólar por libra-peso.

Algodão

Por fim, no mercado do algodão, os papéis para dezembro fecharam a sessão em leve queda de 0,02%, com o valor de 66,20 centavos de dólar por libra-peso.

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