sexta-feira, novembro 22, 2024

Redução de preços não amplia exportação brasileira de carnes

Redução de preços não amplia exportação brasileira de carnes

Redução de preços não amplia exportação brasileira de carnes

Coligidos pelo Ministério da Agricultura, dados da SECEX/MDIC relativos aos oito primeiros meses de 2015 (dois terços do ano) mostram que apenas um dos oito tipos de carnes exportadas pelo Brasil obteve preço maior que o do mesmo período do ano passado: a carne bovina industrializada.
Ou seja: perderam preço – em índices que variaram de um mínimo de 6,37% a um máximo de 22,48% – as quatro carnes in natura exportadas (de frango, bovina, suína e de peru), bem como os industrializados de três delas (de frango, de peru e suína).

O processo de queda não chega a representar novidade, pois começou no ano passado como reflexo, sobretudo, de dificuldades econômicas nos países importadores. Mas no caso brasileiro as reduções se acentuaram à medida que o dólar se fortalecia, abrindo caminho para negociações que, mesmo não sendo tão rentáveis em dólar, deveriam implicar em aumento dos volumes negociados.

Mas nem isso se concretizou até agora. Porque o volume exportado no período analisado mantém-se, praticamente, nos mesmos níveis de 2014, chegando a apresentar pequena redução, próxima de meio por cento.

Porém, poderia ser pior. O que não ocorre porque a forte diminuição, de quase 20%, no volume de carne bovina in natura, bem como a redução de cerca de 5% nos industrializados de frango vêm sendo compensados por um aumento (proporcionalmente pequeno em relação às quedas no preço médio) dos demais itens exportados.

O efeito disso, obviamente, recai sobre a receita cambial, negativa para a maioria das carnes, exceto a bovina industrializada e a de peru in natura. O que pouco resolve, pois, ao final, os dólares captados pelo País somam 14,38% menos que há um ano.

Neste caso, menos mal para o setor exportador de carnes porque as exportações brasileiras em geral sofreram retrocesso ligeiramente maior, de quase 17%. Com isso, as carnes mantiveram sua participação na balança comercial, respondendo por pouco mais de 7% da receita cambial do Brasil.

 

 

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