Esse cenário pode se repetir em 2025
Os Estados Unidos se preparam para colher uma safra recorde de milho em 2025, estimada em 425 milhões de toneladas, um aumento expressivo de 47 milhões em relação ao ciclo anterior, o equivalente a praticamente toda a produção anual da Argentina. Esse volume deve resultar em um excedente exportável sem precedentes, alterando a dinâmica global de oferta e demanda do cereal.
Para o Brasil, o desafio é evidente. Os prêmios de milho estão nos maiores níveis desde 2018, refletindo boa demanda e volume expressivo para embarque. Porém, a concorrência deve se intensificar no último trimestre, caso os EUA inundem o mercado internacional com milho mais barato. Ainda assim, a dinâmica do cereal brasileiro se transformou: a indústria de etanol ampliou relevância, a capacidade de armazenagem cresceu e o mercado interno absorve mais. Esses fatores dão maior flexibilidade ao produtor, mas não eliminam os riscos de pressão externa.