Exportações no ritmo mais intenso em cinco anos
De acordo com dados da Grão Direto, a soja brasileira iniciou agosto sustentando preços no mercado interno, mesmo diante de um cenário global desafiador. As tarifas de 50% aplicadas pelos Estados Unidos sobre parte dos produtos nacionais entraram em vigor nesta semana, impondo ao Brasil a mais alta taxa do mundo para entrar no mercado norte-americano.
Exportações no ritmo mais intenso em cinco anos
Segundo a Anec, a programação de embarques para agosto indica o maior volume registrado no período em meia década. Até julho, o Brasil já havia exportado 77,23 milhões de toneladas e precisará enviar mais 24,87 milhões até dezembro para alcançar a meta anual de 102,1 milhões de toneladas. Isso significa manter uma média de 1,31 milhão de toneladas embarcadas por semana — desafio logístico elevado, mas ainda viável diante da preferência chinesa pela soja brasileira.
EUA otimistas e China fora do jogo (por enquanto)
Enquanto a safra norte-americana se desenvolve com boas condições climáticas, a ausência da China nas compras de soja dos EUA mantém a oleaginosa sul-americana em destaque. Especialistas alertam, no entanto, que esse cenário pode mudar rapidamente com a aproximação da nova safra dos EUA, recolocando o grão americano no radar de Pequim.
O relatório de oferta e demanda do USDA, previsto para 12 de agosto, deve trazer aumento nos estoques e produtividade dos EUA, o que pode pressionar os preços internacionais. No Brasil, a expectativa é de que os prêmios portuários sigam sendo o principal pilar de sustentação, oferecendo oportunidades pontuais de venda caso haja reação em Chicago.