terça-feira, agosto 12, 2025

Soja brasileira mantém fôlego nas exportações apesar da pressão internacional

Soja brasileira mantém fôlego nas exportações apesar da pressão internacional

Exportações no ritmo mais intenso em cinco anos

De acordo com dados da Grão Direto, a soja brasileira iniciou agosto sustentando preços no mercado interno, mesmo diante de um cenário global desafiador. As tarifas de 50% aplicadas pelos Estados Unidos sobre parte dos produtos nacionais entraram em vigor nesta semana, impondo ao Brasil a mais alta taxa do mundo para entrar no mercado norte-americano.


Exportações no ritmo mais intenso em cinco anos

Segundo a Anec, a programação de embarques para agosto indica o maior volume registrado no período em meia década. Até julho, o Brasil já havia exportado 77,23 milhões de toneladas e precisará enviar mais 24,87 milhões até dezembro para alcançar a meta anual de 102,1 milhões de toneladas. Isso significa manter uma média de 1,31 milhão de toneladas embarcadas por semana — desafio logístico elevado, mas ainda viável diante da preferência chinesa pela soja brasileira.

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EUA otimistas e China fora do jogo (por enquanto)

Enquanto a safra norte-americana se desenvolve com boas condições climáticas, a ausência da China nas compras de soja dos EUA mantém a oleaginosa sul-americana em destaque. Especialistas alertam, no entanto, que esse cenário pode mudar rapidamente com a aproximação da nova safra dos EUA, recolocando o grão americano no radar de Pequim.

O relatório de oferta e demanda do USDA, previsto para 12 de agosto, deve trazer aumento nos estoques e produtividade dos EUA, o que pode pressionar os preços internacionais. No Brasil, a expectativa é de que os prêmios portuários sigam sendo o principal pilar de sustentação, oferecendo oportunidades pontuais de venda caso haja reação em Chicago.

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