No Brasil, o avanço na agenda de biocombustíveis trouxe alívio ao setor
O mercado da soja encerrou junho pressionado pelas boas condições climáticas nos Estados Unidos, mas encontrou suporte interno com a aprovação de novas políticas para biocombustíveis no Brasil. As cotações internacionais da oleaginosa ficaram abaixo dos US$ 10,25 por bushel no contrato de novembro, refletindo a expectativa de uma safra robusta no país norte-americano.
No Brasil, o avanço na agenda de biocombustíveis trouxe alívio ao setor. A aprovação do E30 e B15 — aumento da mistura de etanol e biodiesel, respectivamente — tende a elevar a demanda por óleo de soja em 150 mil toneladas até o fim de 2025. Essa nova política energética, válida a partir de 1º de agosto, foi aprovada pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) e já influencia positivamente a sustentação dos preços da soja no mercado interno.
No câmbio, o dólar comercial fechou junho cotado a R$ 5,48, o menor valor desde outubro do ano passado. A desvalorização acumulada no ano chegou a 11,26%, o que reduz a competitividade das exportações brasileiras. Por outro lado, o real valorizado ajuda na compra de insumos importados, beneficiando a estrutura de custos da produção agrícola nacional.