Movimento de valorização está fortemente atrelado à expectativa de demanda
As cotações da soja na Bolsa de Chicago encerraram agosto em alta, sustentadas pelas especulações em torno da retomada das compras chinesas. Segundo informações divulgadas pela Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (CEEMA), o contrato de referência fechou o dia 28 em US$ 10,28 por bushel, registrando a melhor média semanal do mês.
Nos Estados Unidos, a safra se desenvolve em boas condições. Até 24 de agosto, 69% das lavouras estavam classificadas como boas ou excelentes, enquanto apenas 8% foram avaliadas entre ruins e muito ruins. A produtividade estimada é de 3.562 quilos por hectare, sustentando uma projeção de 115,6 milhões de toneladas, segundo dados privados do Pro Farmer.
Analistas lembram que a China tem papel decisivo na sustentação dos preços. Os prêmios de exportação permanecem elevados, entre US$ 1,60 e US$ 1,70 por bushel, reflexo da demanda asiática. Essa valorização nos diferenciais coloca a soja nos portos acima de R$ 140 por saca, o que reforça o interesse no mercado internacional.
Além disso, os embarques do complexo soja continuam firmes. A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) estima que o Brasil deve encerrar agosto com 8,9 milhões de toneladas exportadas de grão, consolidando o país como principal fornecedor global.