segunda-feira, agosto 25, 2025

Soja mantém preços firmes apesar de safra recorde

Soja mantém preços firmes apesar de safra recorde

Mesmo diante de uma oferta expressiva no mercado interno, os preços da soja em grão seguem sustentados no Brasil. A movimentação é influenciada especialmente pela demanda internacional, que permanece aquecida e tem sido fundamental para manter o ritmo das negociações e garantir valorização no mercado físico.

De acordo com dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o cenário de preços firmes contrasta com a queda observada nos valores dos derivados da oleaginosa, como o farelo e o óleo de soja. No caso do óleo, a retração está ligada à fraca demanda interna, com destaque para o recuo nas compras do setor de biodiesel. Já o farelo apresenta os menores valores reais desde setembro de 2017 em metade das praças acompanhadas pelo Cepea — 16 das 32 regiões monitoradas.


Esse comportamento de mercado ocorre mesmo após o novo ajuste da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que elevou a estimativa da safra brasileira de soja 2024/25 para 169,6 milhões de toneladas. O número representa um aumento de 0,75% em relação à previsão anterior e, se confirmado, será o maior volume já colhido no país.

 

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O volume projetado pela Conab também está alinhado com os dados divulgados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que estima a safra brasileira em 169 milhões de toneladas. A convergência das projeções reforça a relevância do Brasil no cenário global como principal produtor e exportador da oleaginosa.

Analistas destacam que, embora a produção recorde tenha elevado a disponibilidade do grão no mercado, a pressão altista gerada pela demanda externa tem sido decisiva para o comportamento atual dos preços. Por outro lado, a menor atratividade dos derivados da soja reflete um desequilíbrio momentâneo entre oferta e demanda, sobretudo no consumo doméstico.

 

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O mercado segue atento ao comportamento do dólar, aos embarques para a China e ao andamento da safra norte-americana, fatores que podem influenciar diretamente as cotações no curto e médio prazo. A expectativa é de que a procura internacional continue firme, mantendo o suporte aos preços da soja em grão, mesmo com a pressão natural da colheita recorde brasileira.

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