segunda-feira, novembro 25, 2024

Soja Plus é modelo de sustentabilidade, diz Fefac

Soja Plus é modelo de sustentabilidade, diz Fefac

A conexão direta entre sojicultores mato-grossenses e o mercado europeu está mais próxima. Nesta quinta (21), foi realizado o workshop Soja Sustentável, com a presença de representantes da Federação Europeia dos Fabricantes de Rações (Fefac) e da IDH (Iniciativa para Comércio Sustentável). A federação procurou a Aprosoja após conhecer o programa Soja Plus e se interessar pelo modelo aplicado no Estado.

O Soja Plus, programa de melhoria contínua para os produtores rurais oferecido pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), já conta com a participação de 978 associados no Estado. Entretanto, são mais de 5 mil produtores potenciais que podem participar do programa.

“Pensamos que o modelo da Aprosoja se insere perfeitamente no nosso objetivo de levar uma produção sustentável aos consumidores europeus. O Soja Plus é um modelo que precisamos divulgar para que o mundo saiba que o Brasil está fazendo diferente em termos de sustentabilidade”, disse Jaime Piçarra, secretário-geral da Associação Portuguesa dos Industriais de Alimentos Compostos para Animais (IACA) e representante da Fefac no encontro.

De acordo com Piçarra, a União Europeia está discutindo atualmente o tema sustentabilidade e preocupada com assuntos relacionados a isso, como desperdício alimentar e gestão de recursos. “Há uma estratégia para 2020 em relação à questão alimentar com uma produção sustentável e é necessário aumentar a produção com menos recursos e mais eficiência. Isso significa não só o trabalho, mas gestão da terra, da água, as relações com a comunidade e as boas práticas”, explicou. A Europa é exportadora de produtos agroalimentares e importadora de soja, que é a matéria prima para a agroindustrialização animal.

“Cada vez mais há programas de verificação de soja em nível mundial, feitos por empresas e organizações. Por isso, a Fefac organizou um guia que tenta harmonizar todos eles para que haja uma linha de comunicação única. Viemos aqui mostrar como funciona esse guia e ver se os produtores se encaixam nas orientações”, disse Piçarra. Países como Holanda e Bélgica já usam o guia para comprar soja, assim como o Reino Unido usa a publicação como orientador de mercado. França e Dinamarca estão em fase inicial, assim como a Alemanha.

O coordenador da comissão de Gestão da Produção e Propriedades da Aprosoja, da qual o Soja Plus faz parte, Nelson Piccoli, contou que a parceria entre a associação, Fefac e IDH vem sendo construída há quase três anos e vai culminar na garantia para a Europa de que a soja produzida em Mato Grosso pelos participantes do Soja Plus é altamente sustentável. “Dentro do programa, os associados atendem as mesmas exigências que são descritas no guia da Fefac. Então, será muito simples e fácil para o produtor estar apto a vender sua soja para as trades que vão exportar para a Europa”, explicou Piccoli.

A IDH começa a alinhar uma parceria com o programa Soja Plus e tem como objetivo encontrar parceiros dentro da Europa, em empresas ou governos, que tenham recursos disponíveis para este tipo de abordagem. “O programa é um exemplo de iniciativa que alia produção e conservação. A IDH entende que este tipo de programa precisa ganhar corpo em Mato Grosso”, disse Eduardo Godoi, consultor do instituto.

Parceiro fundamental do Soja Plus, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT) é a entidade que leva a qualificação para os produtores rurais participantes do programa. Em quase 5 anos, são mais de 1800 participantes capacitados. “O Senar leva os cursos para que produtores e colaboradores entendam as melhores práticas e possam levar sustentabilidade econômica, social e ambiental para a sua propriedade. Para ter um negócio sustentável a longo prazo é preciso conhecimento”, afirmou Otávio Celidônio, superintendente do Senar-MT.

Também participaram da reunião as entidades e empresas: Instituto Algodão Social (IAS), Associação das Cerealistas de Mato Grosso (Acemat), Instituto Ação Verde, Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Baldan e Amaggi.

 

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