O mercado internacional de grãos iniciou esta sexta-feira (7) com movimentos distintos entre as principais commodities agrícolas. Segundo dados da TF Agroeconômica, o trigo manteve tendência de baixa, a soja ensaiou leve recuperação após fortes quedas e o milho recuou ligeiramente, refletindo o avanço das colheitas e o clima favorável nas regiões produtoras.
No caso do trigo, os contratos em Chicago voltaram a cair após o entusiasmo com as compras chinesas se dissipar. A confirmação de volumes abaixo do esperado retirou o impulso que havia sustentado os preços nos dias anteriores. Com isso, o mercado retomou o foco nos fundamentos, marcados por ampla oferta global e colheita avançada no Hemisfério Sul. Os preços FOB do trigo argentino recuaram US$ 3/t para dezembro e US$ 1/t para janeiro, acompanhando a desvalorização de 0,24% do dólar no Brasil. No mercado físico, o Paraná registrou média de R$ 1.197,67 (-0,24% no dia), enquanto o Rio Grande do Sul manteve R$ 1.054,15 por tonelada.
A soja, por sua vez, mostrou reação moderada. Os contratos futuros subiram entre 3 e 5,25 pontos em Chicago, com o janeiro negociado a US$ 11,12 e o maio a US$ 11,32 por bushel. A commodity segue pressionada por incertezas geopolíticas e tensões comerciais entre China e Estados Unidos, além da ausência de novas compras chinesas. No Brasil, o preço físico em Paranaguá ficou em R$ 139,31 (-0,65%), enquanto no interior do Paraná foi cotado a R$ 133,61.
O milho apresentou leve recuo em Chicago, influenciado pelo avanço da colheita norte-americana, beneficiada por clima seco no Meio-Oeste, e pela boa evolução da safra argentina 2025/26. Na B3, o contrato de novembro fechou a R$ 68,22 (-0,22%), e o físico brasileiro foi negociado a R$ 66,85 por saca (+0,07% no dia).